O Barroco, como já sabemos, é um movimento em que predomina o cunho religioso. Se desenvolveu em um momento pós-reforma, quando a Igreja Católica perdia poder, influência e fieis. Os fieis se sentiam cada vez mais distantes da Igreja e constantes decepções com certas posturas do Catolicismo, agravavam a situação.
A Igreja passou então a se posicionar afim de que o fiel se sentisse acolhido, sentisse que fazia parte daquela comunidade, que lá estava bem perto de Deus. O sentimentalismo também era uma “arma” para seduzir os fiéis e dar vazão aos seus sentimentos mais profundos. O objetivo era fazer ver, sentir e vivenciar.
A pintura reflete bem esse ideal, as feitas nos tetos, tinham tamanha profundidade, que ao levantar o olhar, sentiam-se no céu. É a questão de proximidade com o Divino, sentir-se acolhido.
Suas principais características cromáticas, eram o uso do vermelho, azul, dourado e branco, além de uma característica europeia, o chiaroscuro(claro-escuro).
Para ilustrar essa profundidade, o primeiro plano era super dimensionado, dessa forma as figuras eram trazidas pra bem perto do público e havia a redução dos elementos de plano de fundo.
Eram comuns também, os ex-votos, pinturas ou obras em geral, encomendadas pelos fiéis aos artesãos para agradecer por alguma graça recebida. Essa prática auxiliou o desenvolvimento da pintura.
Havia também a pintura de azuleijos, em boa parte importada de Portugal, que descreviam cenas narradas na Bíblia (o que era também uma forma de catequizar).
Havia um maranhense, Baltazar de Campos , que em 1661, produziu pinturas barrocas com o tema “vida de Cristo” para a sacristia da Igreja de São Francisco Xavier.
E ao falar de pintura Barroca, não podemos deixar de citar o grande mestre Ataíde, que pintou várias Igrejas de Minas Gerais e tinha um estilo próprio. Usava cores vivas e deixou sua marca no Barroco Mineiro ao usar em suas composições a sua cor preferida, o azul.
Infelizmente, parte do acervo de pinturas se perdeu. Felizmente ainda temos acesso aos afrescos das capelas e à algumas pinturas.
Há a necessidade cada vez mais de guardar a cultura do nosso país, por isso, muitas Igrejas e obras, são consideradas patrimônio da humanidade, o que inclusive, contribui para o nosso turismo. Falta a consciência de preservação, já que muitas delas, hoje, se perdem por falta de conservação.
O barroco e suas pinturas, esculturas, arquitetura... não só desse, como manifestações de outros movimentos, devem ser reconhecidos e preservados, afinal é a história cultural e artística do nosso país.
Imagem¹: Teto da Igreja São Francisco de Assis - Ouro Preto. Pintura feita por Mestre Ataíde.
Imagem²: Exemplo de ex-voto. Invocação à Santo Benedito, tempera sobre madeira. Autor desconhecido.
Imagem³: Azulejos da sacristia do Convento de São Francisco - Olinda.
gostei muito desse blog e achei o texto super bem produzido e bem interessante,pois nao é aquele texto que da sono ao ler !!
ResponderExcluircontinue assim
bjus e se pussivel
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nem sequer toca no nome Brasil no texto ¬¬, mas ta bom neh... o texto ta legal do mesmo jeito
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirremoverão por que seu comentário?
Excluiriiiiirrrrrrreeeeeeiiiii que bosta emm
ResponderExcluircade a porcaria do brasil nessa merda
Excluirque bosta de site fala nada com nada essa merda
ResponderExcluirTá errado?
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